PIRAPORA IN CENA

DESENHANDO A CIDADE
A Planta
Em 1905, por encomenda da Companhia Cedro e Cachoeira, o professor Lúcio José dos Santos, da Escola de Minas, elaborou um planejamento geral, prevendo a construção de uma cidade de dez mil habitantes. Seguiu-se um levantamento feito pelo agrimensor José Teodoro Barbosa, cabendo a Benedito Quintino dos Santos, em 1910, traçar a planta da parte baixa do arraial. Em 1913, pela lei municipal nº 14, de 4 de janeiro, a câmara municipal estabeleceu os seguintes nomes para os nossos primeiros logradouros públicos, conforme cita o professor Roberto Capri em publicação de 1917:
- Bairro Operário, o conhecido por Vae-quem-quer;
- Sete de Setembro, a rua que fica à esquerda da linha férrea;
- Quinze de Novembro, a que margeia o córrego;
- Treze de Maio, a conhecida como Vae quem-quer;
- Goyaz, a que fica à direita da linha da E. de F. Cen-tral;
- Pernambuco, a do Hotel Pirapora;
- S. Paulo, a que passa pela Casa Villela;
- Rio de Janeiro, a que passa pela casa de W. Barreto;
- Espírito Santo, a que passa pelo Hotel Internacio-nal e que vae à nova Estação do Porto;
- Matto Grosso, a que passa pela casa Victor Quirino;
- Sergype, a conhecida por das Pedrinhas;
- Ceará, a que passa no terreno da Nova Matriz;
- Acre, a que parte da casa de Claro da Cunha;
- Pará, a que começa na ponte e margeia o rio acima.
As outras quatro ruas que sobem no mesmo rumo, ficam denominadas:
- Parahyba, a primeira;
- Rio Grande do Norte, a segunda;
- Santa Catharina, a terceira;
- Rio Grande do Sul, a Quarta;
- Avenida Salmeron, a que parte da casa do Vigário Peixoto e vae margeando o córrego;
- Praça Carirys, a conhecida por Praça Burlamaqui;
- Avenida Paraná, a que passa pelo “Casino Pirapo-rense”;
- Avenida Tiradentes, a conhecida por São Francis-co;
- Avenida do Commercio, a que passa pela casa Nas-cimento & Cia.;
- Avenida S. Francisco, a conhecida por Avenida do Porto;
- Praça Primeiro de Junho, a que fica em frente ao Paço Municipal;
- Praça Coronel Ramos, o Largo do Depósito;
- Rua da Bahia, a que passa pela casa Coronel San-tiago;
- Minas Geraes, a que passa pelo Trapiche;
- Avenida Amazonas, a que passa pelo terreno da Casa Durisch;
- Rua Piauhy, a parallela a esta última;
- Maranhão, a que passa pela Cadeia;
- Matta Machado, a praça da velha Estação;
- Guarany, a travessa que passa pelo Consultório;
- Tymbiras, a que passa pela Casa Nascimento;
- Avenida Mascarenhas, a que começa do largo do Depósito e vae à Lagôa;
- Avenida Felício dos Santos, a parallela à nova linha férrea, à direita;
- Avenida Engenheiro Halfeld, a parallela à nova li-nha, à esquerda;
- Avenida Alagoas, a conhecida por Avenida das Flo-res;
- Avenida Soeiros, a parallela a esta.
Os Bairros
Em 1921, o estado doou ao município, segundo a lei estadual nº 5.787, os terrenos da parte alta da cidade, conforme escritura passada em 14 de agosto de 1922. Naquele mesmo ano, Otávio Carneiro traçou a invejável planta que tem hoje o bairro Santo Antônio, então de-nominado bairro Doutor Astério. Na década de 1960, já estavam identificados os bairros Nossa Senhora Aparecida (ex-Pitombeira), Cinquentenário e Santos Dumont. Em 1999, foram definidos pela lei municipal nº 1520, de 26 de abril, além do centro, os seguintes bairros: Aristides Stockler Azevedo, Bom Jesus, Chácaras Muniz, Cícero Passos, Cidade Jardim, Cidade Jardim Mansões, Cinquentenário, Conjunto Habitacional João Guimarães, Distrito Industrial, Industrial, Itacolomy, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, Nova Pirapora, Pernambuco, Sagrada Família, Loteamento Primavera, Santo Antônio, Santos Dumont, São Francisco, São Geraldo, São João Batista, Aeroporto-ACE 1, Codevasf-ACE-2 e Lagoa--ACE-3.